terça-feira, 23 de abril de 2013

Brincadeiras e cantigas, sempre priorizando o prazer!

Semana passada fiz um vídeo com meus alunos da turma de 3º ano da E.M.E.F. Ministro Rubem Carlos Ludwig com as brincadeiras e cantigas que eles aprenderam. Um amor vê-los fazendo com muita dedicação os movimentos e cantando as canções o melhor que podem! 




Teatro na escola: prazer e criatividade

Já faz um tempo que não atualizo meu blog, mas depois do dia de ontem fiquei empolgada para relatar o que ocorreu. 
Estou no turno da tarde na E.M.E.F. David Canabarro em Canoas numa turma de 3º ano. Turma agitada, com muitos alunos e diversos com dificuldades na aprendizagem. É um desafio e tanto! Eu fiquei tão ansiosa e preocupada em dar conta de tudo que meu corpo deu sinal de estresse. 
Fiquei afastada uns 4 dias por motivo de saúde e na minha volta, e para minha surpresa, os alunos estavam super saudosos e receptivos. Isso me animou bastante, vi que eles querem aprender e que haviam criado vínculo comigo. Eu sempre tento fazer minhas aulas interativas, dinâmicas e com alegria. Não estava conseguindo isso devido a indisciplina da turma. Mas no meu regresso consegui introduzir algumas brincadeiras e cantigas para os alunos e vi como eles gostaram!
Ontem coloquei no quadro a cantiga "O cravo e a rosa". Mas os alunos não conheciam a flor de cravo e nem sabiam o que era sacada. Procurei na internet (no meu celular) e mostrei para eles as imagens das flores e de tipos de sacadas. Mostrei pela janela uma residência que tinha uma sacada. Fiz atividade de cantar e desenhar a cantiga. Depois fiz perguntas de interpretação do texto. 
Após o recreio, perguntei se queriam fazer o teatrinho da cantiga e todos quiseram! Então, disse para que os meninos fossem os cravos e as meninas, as rosas. Os alunos se organizaram, fizeram duplas de cravos e rosas, sempre com minha intervenção, pois eles ficavam envergonhados de fazer duplas de meninas e meninos. Fizemos o ensaio com a primeira dupla e depois filmamos no celular mesmo! Amaram saber que estavam sendo filmados! Demos muitas risadas com os desmaios dos cravos e choros das rosas... Cada dupla se apresentou em separado e um aluno foi a sacada. 
Foi um momento lindo, onde o lúdico estava presente! A alegria, criatividade e diversos talentos foram mostrados. No total de 8 duplas se apresentaram. A desinibição, a brincadeira, a interpretação, a alegria fizeram desta tarde maravilhosa e gratificante para professora e alunos! Quando pedi um desenho livre para eles no final da aula, fizeram corações e cartinhas de amor para mim!! 
Então, concluo que a brincadeira, o lúdico, a alegria cria vínculos, onde a confiança e afeto atuam para a disciplina e aprendizagem!

domingo, 3 de junho de 2012

Criatividade em sala de aula:Contador de histórias - parte 2

Na sexta-feira, dia 1º de junho, pude verificar a criatividade dos alunos do turno da tarde na Escola Max. Todos os dias faço o sorteio dos ajudantes do reino, pois cada turma é um reino, na Escola Ministro é o Reino da Educação e na Escola Max é o Reino da Paz. Um dos ajudantes do reino é o "Contador de Histórias Real", onde o aluno é responsável por contar uma história para a turma, podendo ler um livro, contar algo que conheça oralmente, ou como achar melhor. O tema é livre e a forma de contar também, propiciando a oralidade, desinibição e saber contar algo com início, meio e fim, desenvolvendo a criatividade com certeza. Uma aluna que adora contar histórias e tem talento para teatro foi sorteada para contar uma história. Ela ficou muito feliz e começou a contar a história de Lulu e as flores. Ela pediu ajuda de alguns colegas para atuarem com ela para poder contar a história de forma teatral. O mais legal é que a turma adorou e ficou atenta o tempo todo, pois foi muito engraçada a atuação dos colegas onde uma menina teve que fazer o papel de uma velhinha e fingir que era desdentada... Ou seja, a risada foi geral, foi uma história divertida e as crianças já estavam até sentadas no chão no meio da sala de aula, e o espaço da aprendizagem se tornou alegre e prazeroso. Sempre sonhei em trabalhar num ambiente alegre, acolhedor e criativo. Não gosto de pensar a sala de aula como um local rígido e silencioso, mas sim onde o prazer e a aprendizagem possa ocorrer ao mesmo tempo. Com certeza não é possível existir aprendizagem sem vínculo e afetividade, muito menos sem prazer e criatividade.

Criatividade em sala de aula: Trabalho em grupo - parte 1

Na última sexta-feira, dia 1º de junho, fiz atividades muito legais nas turmas onde atuo. No turno da manhã na Escola Ministro, dividi a turma em cinco grupos de quatro alunos (estavam presentes somente 20 alunos e os outros 10 estavam faltando por diversos motivos, como catapora e gripe). Vínhamos trabalhando os diferentes ambientes através do livro de ciências e observações realizadas nos locais onde as crianças vivem. Já haviam desenhado individualmente a rua onde moravam e suas casas. Também fizeram listas do que observam no local de suas residências para caracterizar o ambiente. Já havíamos conversado sobre a importância da chuva e água para nossa sobrevivência. Partindo destes conhecimentos, pedi para que cada grupo escolhesse um tipo de ambiente para fazer um único desenho representando este local.O importante seria fazer eles trabalharem em equipe e realizar o desenho de um único ambiente, onde todos do grupo contribuíssem. Foi bem difícil a tarefa, houveram conflitos, alguns alunos não gostaram da ideia de seu grupo, outros queriam fazer sozinhos enquanto outros não mostravam iniciativa para expor suas ideias ao grupo. Trabalhar em grupos com crianças de 7 anos é um desafio. Precisei intervir, aconselhar, questionar, observar e em muitos momentos administrar os conflitos, inclusive de atitudes violentas. Mas no geral os alunos se ajustaram, conseguiram compreender a tarefa e fizeram um lindo trabalho. Um grupo desenhou o fundo do mar com uma linda tartaruga dominando o centro da folha de papel pardo, outro grupo desenhou a floresta e chamou o desenho de "A Super Amazônia", outro desenhou um ambiente com cachoeira que estava no livro e chamou de "Piquenique na Cachoeira", um outro grupo desenhou uma fazenda e outro fez um "Campo de Batalha" com o objetivo de defender o meio ambiente. Diversas foram as leituras da atividade onde a criatividade foi dominante. Este foi o primeiro trabalho em grupo que realizei com a turma e com certeza a partir deste virão novas experiências para que aprendam a trabalhar em equipe. Fiz um balanço com a turma ao final da atividade questionando o que acharam da atividade e disseram que acharam legal e que gostaram, mas alguns disseram que não foi fácil e um disse que não gostou porque teve pouca ajuda dos integrantes do grupo, precisando realizar o trabalho quase que sozinho. Engraçado que este problema de fazer trabalho em grupo sempre é difícil em qualquer idade, pois poucas as pessoas sabem fazer, muitas vezes querem dominar e fazer de seu próprio jeito ou outros ficam sem opinar para não se incomodar, ou ainda não ajudam e ficam só com a assinatura no trabalho. Com certeza, cabe ao professor estimular este tipo de atividade na infância para que na vida adulta as pessoas consigam trabalhar em equipe e sem estrelismos ou apatia.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sucesso e realizações em 2012

Um dia chegaria lá! Sim, sempre sonhei em ser professora e consegui! Me formei em Pedagogia em 27 de janeiro de 2012!  Fiz o concurso em setembro de 2011 e passei! Fui chamada e já estou trabalhando em Canoas desde 8 de março de 2012! Nossa! Quanta conquista!
Estou em duas escolas no bairro Mathias Velho em duas turmas de segundo ano, ou seja, trabalhando no Bloco de Alfabetização! É um desafio maravilhoso e gratificante!
Comecei a participar do GEALFA que é um grupo de estudos sobre alfabetização e letramento da SME de Canoas, onde podemos trocar ideias e aprofundar nossa prática através dos estudos teóricos sobre alfabetização e cada dia me apaixono mais por estudar este assunto!
Também comecei a participar da ONG Aprender a ler com prazer iniciado pela professora Annamaria Rangel e vejo quanto é importante esta etapa da educação.
Enfim, estou apaixonada pela profissão e esta etapa da minha vida! Tudo ocorre quando tem que ser, pois demorei para chegar até aqui, mas estou madura e preparada para fazer tudo dar certo!
Espero recomeçar a postar mais seguidamente neste blog com o objetivo de trocar ideias e fazer reflexões sobre educação e docência!

Um beijo para todos!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

RELATO DA ATIVIDADE DO PRIMEIRO DIA




TRABALHO EM GRUPO NA TURMA DE EJA (JOVENS E ADULTOS) NA  ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

1ª Aula do dia 08/11/2011

Oficina de letramento e atividade da disciplina de Ensino e Identidade Docente.

Estudantes presentes da Turma T1/ T2: Lurdes, Eliane, Júlio, Madalena, Rafael e Inácia.

Estudantes docentes: Charles Kray, Jéssica Brasil, Júlia Coimbra e Magda Vieira.

Objetivo: Trabalhar com jornais para conhecer o tipo textual e a partir das imagens encontradas criar uma história coletiva.

1º Momento: Manipular o jornal e conversa sobre a utilidade do mesmo.

Entregamos para cada estudante um jornal e pedimos para que folheassem procurando entender as partes que o compõe e que tentassem ler as manchetes e notícias.

Questionamos aos estudantes o que contém um jornal e para que serve?

  • Para ler os aumentos de preços;
  • Notícias sobre violência;
  • Para se manter informado sobre tudo;
  • O jornal é feito de palavras e imagens;
  • No jornal tem horóscopo, propagandas, notícias do tempo, quadrinhos.

2º Momento: Localizar imagens que chamem a atenção e recortar do jornal colando no quadro.

Cada estudante fez suas escolhas e os docentes presentes auxiliavam sempre que necessário.

3º Momento: Criar a história coletiva a partir das imagens selecionadas que foram penduradas no quadro.

O interessante desta atividade é que cada aluno contribuiu com parte da história e se empenharam para realizá-la de forma coerente.

Segue o texto criado pela turma a partir das imagens retiradas dos jornais.
Obs: a história começou com a imagem de uma casa (quiosque) na beira do mar caída, provavelmente pela ressaca do mar e vento forte.

Houve uma ventania na praia fazendo derrubar a casa que ficava na beira do mar. As pessoas se assustaram e correram de carro para se proteger num prédio da cidade. Esta família foi ao banco para pegar dinheiro para fazer compras e estocar alimentos. Os amigos rezaram para que tudo ficasse bem para esta família.
Com o vento forte trouxe as cinzas de um vulcão do Japão, deixando tudo coberto de cinzas. A cidade ficou muito suja também com lixo espalhado por tudo, pois as pessoas não colocam o lixo no lugar certo. Logo depois veio o caminhão para recolher o lixo para levar para usina de reciclagem. O lixo é prensado e reciclado para ser reaproveitado de outra forma.
Passado o susto a família foi ao baile onde as pessoas dançavam felizes com a apresentação da dança rítmica ao som de um violino. Na festa foi comemorada a vitória do Grêmio. Logo depois entrou um gato ladrão acompanhado da mulher gato. E todos riram muito de tudo isso.

4º Momento: Desenho dos principais momentos da história.

Cada estudante recebeu um pedaço de cartolina para fazer um desenho de um momento da história. Depois o Charles levará para casa para fazer as imagens vazadas para a atividade do próximo encontro.

Ficou decidido que num próximo encontro a turma irá contar a história através da projeção de sombras.

sábado, 24 de setembro de 2011

A importância da tecnologia em sala de aula e da utilização dos saberes docentes


Já faz 10 anos que trabalho em call center, começando como operadora de telemarketing e hoje em dia estou na função de Multiplicadora de Treinamento. Procurei este tipo de emprego para poder ingressar na UFRGS e cursar Pedagogia, trabalhando em meio turno e que pudesse me dar garantias de sobrevivência, pois estágio na área da educação paga muito pouco, em média o valor de R$ 400,00 onde só é possível pagar o aluguel. Esta profissão surgiu na última década com força devido a diversos fatores, como por exemplo, ao avanço tecnológico e privatização das empresas de telefonia. Também cresceu devido a necessidade de atendimento a clientes de diversos serviços, como planos de saúde, alimentos, bancos, cartões de créditos e seguradoras, entre outros.
Para esta função é necessário segundo grau, ou seja, ter  atual ensino médio concluído, ter 18 anos de idade e muitas vezes é solicitado nível superior em andamento para crescimento profissional na empresa contratante. Este tipo de trabalho requer algumas habilidades, como por exemplo, boa comunicação e expressão verbal, boa audição, atenção, dinamismo e conhecimentos de informática.
Atualmente ministro treinamento aos recém chegados na empresa, sendo que durante 30 dias são passados os conteúdos de sistemas, procedimentos e produto da empresa. Os novos funcionários fazem simulações de atendimento, dinâmicas e exercícios teóricos antes de ir para o atendimento com o cliente real. Porém nota-se grande dificuldade em sistemas de informática nas pessoas contratadas com mais de 50 anos de idade, pois existe a necessidade de trabalhar com mais de dez sistemas ao mesmo tempo para verificação de dados do cadastro do cliente junto à empresa. A maioria das pessoas nesta faixa de idade não se adapta ao tipo de trabalho, apesar de possuir cortesia no atendimento aos clientes, possuir ótima fluência verbal e dedicação ao trabalho.
Esta situação me leva a refletir sobre a inclusão digital que a partir dos anos 90 foi iniciada e tem ganhado muitos adeptos. Tudo o que temos que fazer precisa de conhecimentos tecnológicos ou de informática, como, por exemplo, ir ao banco tirar um extrato, sacar dinheiro do caixa automático, pagar uma conta, ou ir a um restaurante onde pagamos o almoço com cartão e ele irá se conectar a uma rede administradora de crédito por uma simples ligação telefônica, bastando inserir a senha.
Na comunicação com amigos usamos o celular, seja falando ao telefone ou enviando mensagens de textos pelo próprio aparelho e logo estamos também conectados a Internet pelo celular ou pelo modem sem fio 3G. No ônibus para passarmos na roleta temos que utilizar o cartão TRI e não raras vezes vejo idosos com dificuldades em saber utilizar esta ferramenta. Acho interessante nas novas gerações, após anos 90, possuírem uma característica: parece que nasceram com o mouse nas mãos, de tanta facilidade de lidar com esta tecnologia.

Mas apesar desta facilidade ainda não existe uma inclusão digital para todos, pois depende muito do meio social em que esta pessoa está inserida. Nem todas as escolas possuem acesso à informática e ter um computador em casa é muito caro, pois se fomos pensar nas prioridades das famílias das classes populares que buscam emprego digno e que possam garantir pelo menos o alimento e a moradia, o computador é fora de alcance da renda. Muitos moradores das periferias possuem acesso nas comunidades de bairro ou programas de instituições localizadas perto de suas casas para a inclusão digital.
Quando as pessoas têm acesso à informática e conseguem concluir o segundo grau, vão atrás de uma profissão que permita estudar e se aperfeiçoar, muitas vezes acabam tendo como primeiro emprego o call center. Em Porto Alegre cresceu muito a oferta para este tipo de profissional, pois os gaúchos são muito elogiados pelos clientes de todo Brasil pela cortesia e qualidade de atendimento por telefone. É uma boa oportunidade de trabalho para quem deseja estudar ou inclusive ficar mais tempo com a família.
Assim como neste tipo de profissão existem muitas outras que exigem informática e aí vem à questão da educação que acaba colaborando para o perfil do futuro trabalhador para um mercado de trabalho que exige certas habilidades tais como conhecimentos de informática. Já abordei acima que na nossa rotina precisamos deste tipo de conhecimento e com isso podemos entender que as mudanças e atualizações tecnológicas nos influenciam, então como a escola irá ficar fora desta necessidade?
O professor precisa estar atualizado e se não tem como pagar um curso de informática terá que buscar em seus saberes formas de se adaptar e introduzir estes conhecimentos em sala de aula. Na verdade sempre se exigiu do professor que estivesse atualizado para poder ministrar suas aulas, mas as atualizações eram baseadas em jornais, livros, revistas, enciclopédias e hoje em dia é no famoso site de buscas, onde encontramos tudo de tudo, inclusive acessar livros inteiros gratuitamente na tela do computador. As inovações e pesquisas em educação são bastante pesquisadas e utilizadas nas universidades, assim como nas salas de aula alguns planejamentos são baseados em troca de idéias em blogs com outros docentes.
A informática na educação pode auxiliar tanto o aluno como o professor, trazendo para a sala de aula conhecimentos e saberes que antes não se poderia acessar com facilidade. Porém é necessário sabe utilizar desta tecnologia para que se tenha um uso objetivo e consciente. Muitas pessoas não sabem usar todas as vantagens de ter em seus dedos o mundo de conhecimentos e utilizam apenas como lazer. Mesmo assim acabam ganhando habilidades em digitar, entrar em sites, fazer interpretações e interagir com diversas culturas.
Quando estava no estágio curricular na turma de EJA usei o laboratório de informática com o sistema de localização em mapas de satélite (Google Maps). Coloque Porto Alegre no telão e com isso a turma toda navegou pela cidade e conseguiu se localizar no espaço, compreendendo seu lugar no mundo. Cada aluno queria ver onde ficava sua casa e a do colega. Também foi verificada a localização da escola e a distância dela da casa de cada aluno. A turma verificou que perto de suas casas não existe escola com modalidade em EJA e por isso precisam gastar passagens e vir até o centro da cidade. Foi muito interessante esta aula, onde os alunos puderam fazer contextualizações e se verem com parte integrante de uma comunidade, problematizando a questão de deslocamento para o estudo.
Esta atividade foi realizada baseada nos meus saberes profissionais em call center, onde desenvolvi a habilidade de manusear computadores e na minha curiosidade por mapas. Como sempre gostei de procurar nos mapas físicos as informações sobre o meu mundo, acabei me interessando em buscar também nas imagens de satélite onde posso ver onde me localizo de forma diferente. O professor não consegue se desconectar dele mesmo, de suas habilidades, conhecimentos e competências na hora de planejar e executar sua docência com os alunos.
Concluo que os professores, as escolas, os governos, devam buscar a inclusão digital e conhecimento de informática para preparar um cidadão atuante num mundo informatizado, mas que infelizmente não consegue ainda acabar com a fome e miséria.